VI Congresso Internacional de Cuidados Paliativos: “Um sonho que se sonha junto é realidade”

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22 de setembro de 2016

VI Congresso Internacional de Cuidados Paliativos: “Um sonho que se sonha junto é realidade”

“Um sonho que se sonha só é apenas um sonho que se sonha só. Um sonho que se sonha junto é realidade.”

Foi com esse espírito que o VI Congresso Internacional de Cuidados Paliativos e III Congresso Lusófono de Cuidados Paliativos foram oficialmente abertos na noite de hoje (21/09). A cerimônia de abertura foi realizada no Dall’Onder Grand Hotel, em Bento Gonçalves, para um auditório lotado.

A mesa de abertura foi composta por Julieta Fripp, vice-presidente da ANCP e superintendente do Hospital Universitário da Universidade de Pelotas; Cláudia Burlá, conselheira da ANCP, representando o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM) Carlos Vital Corrêa Lima; Manoel Capellas, presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos; Tânia Pastrana, presidente da Associação Latinoamericana de Cuidados Paliativos (ALCP); e Maria Goretti Maciel, presidente da ANCP.

Para Julieta, o congresso será uma oportunidade de criar uma voz forte em favor dos Cuidados Paliativos. “Nós, de tantos Estados diferentes no Brasil e também de Portugal, falamos a mesma língua e temos uma só voz: é a voz de lutar por qualidade de vida a todos que pedem por cuidado. Cada um de nós tem que se mexer onde atua, no seu cenário assistencial e de ensino. Precisamos lutar para ter um sonho onde todos coletivamente queiram construir essa realidade”, afirmou.

Os presidentes da ALCP e APCP fizeram coro. Para Capellas, da APCP, o objetivo é trabalhar para que os Cuidados Paliativos, que são considerados direitos humanos, sejam acessíveis a todas as pessoas, independentemente de suas raízes, suas situação econômica, cor ou raça. “Todos nós aqui temos o mesmo sonho: melhorar os cuidados paliativos na região inteira”, completou Tânia, da ALCP.

Via nota, o presidente do CFM destacou que, ao permitir o intercâmbio de experiências, a formação de parcerias éticas e elaboração de um diagnóstico preciso da estrutura disponível para acolher pacientes e familiares, “o congresso agregará subsídios para a construção de uma política nacional de Cuidados Paliativos, tema que continua em pauta e se torna cada vez mais urgente em virtude da mudança dos perfis demográfico e epidemiológico no Brasil”.

Homenagens

O destaque da segunda parte do evento, coordenada pela presidente da ANCP, foi uma homenagem a anestesiologista Miriam Martelete, a primeira paliativista do Brasil. A especialista compartilhou sua experiência no Hospital das Clínicas de Porto Alegre com a plateia num vídeo gravado por sua colega e pupila Lúcia Miranda.

“Quando me formei em 1962, já havia observado durante o curso de medicina o grande foco dos médicos na cura das doenças dos pacientes e pouco cuidado com o sofrimento desses pacientes”, contou ela no vídeo. A partir dessa observação, Miriam construiu toda uma carreira para de alguma forma melhorar a qualidade de vida desses pacientes, tornando-se a pioneira em Cuidados Paliativos no Brasil.

As homenagens seguiram noite adentro. Foram homenageados também os seguintes profissionais: Cláudia Burlá; Julieta Fripp; Jurema Telles, médica do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP/Recife); Inês Melo, Coordenadora do Serviço de Cuidados Paliativos do Hospital Regional UNIMED Fortaleza; Regina Ramos, secretária da ANCP; Lilian Liang, coordenadora de comunicação da ANCP; Bianca Mehzer, da empresa organizadora do evento; Ricardo Tavares, presidente da comissão científica do congresso; Henrique Parsons, tesoureiro e membro da comissão científica do congresso; Manoel Capellas; Dalva Matsumoto, diretora da ANCP; e Filipe Gusman, presidente da ANCP Sudeste.

Goretti terminou a cerimônia usando uma frase do livro de poesias do médico de família Rodrigo Ladeira, Sobre Vida e Morte, que será lançado durante o congresso: “Fazendo cuidados paliativos, em algum momento eu aprendi que estar junto é mais que estar e menos que sofrer”.

“Essa frase não me sai da cabeça e acho que é muito adequada agora: estar junto é mais que estar e menos que sofrer. Que estejamos juntos nesses dias de congresso. Que possamos construir juntos esse congresso, essa história e que juntos possamos sonhar muito e tornar realidade o cuidado paliativo no Brasil.”


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